segunda-feira, 14 de julho de 2008

A evolução dos tempos e da língua

"A nossa filha é casada com o Gestor de Recursos Humanos de uma empresa importante. Gestor de Recursos Humanos. Acho engraçadas as designações que vieram substituir nomes antigos. Noutros tempos ele seria o encarregado da Secção de Pessoal. E daria contas a um chefe, agora terá briefings com o manager."
in "Já não se escrevem cartas de amor"
Mário Zambujal

6 comentários:

Anónimo disse...

Já dei por mim a pensar no mesmo. Auxiliar de recursos humanos, administrativa e por aí fora. Até as hospedeiras de bordo passaram a ter outra designação. São sinais dos tempos modernos. São a prova do quanto ligamos aquelas palavrinhas (a.k.a "cargos") que precedem os nomes.

Unknown disse...

Oh yeah! Porque hoje em dia não se quer um emprego, quer-se um cargo!

Dexter disse...

apraz-me dizer, e sem querer faltar ao respeito: "mudam as mocas, a merda é a mesma".
gosto especialmente dos "auxiliares de acção médica", vulgo pessoal que empurra macas e afins, e os "auxiliares de educação", vulgo contínuos.

Unknown disse...

Não percebo porque é que já não são contínuos! Acho uma estupidez quererem só dar cargos.

Como o meu pai diz: hoje em dia já ninguém quer trablho, quer emprego!

Dexter disse...

no comentário anterior queria dizer "moscas" em vez de "mocas". fica a emenda.

Pedro disse...

melhor ainda são os técnicos de espaços verdes vulgo jardineiros e ainda os responsáveis sanitários aka homens do lixo.

por este andar os desempregados serão gestores de ócio.