Embarco numa camioneta na Covilhã com destino a Lisboa. Entram comigo dois homens que presumo muçulmanos pelo turbante na cabeça e o tom da pele. Brinco com quem me acompanha até à entrada que ainda vou ser vítima de um atentado.
Os dois homens passam mais de uma hora a falar na sua língua acelerada da qual não percebo nem uma palavra. Nessa altura entramos num túnel que atravessa serra da Gardunha e a algaraviada que vinha a ouvir silencia-se. Aqueles dois homens deixam o assunto que os entusiasma e calam-se por completo. De repento ouço algo....pi.....pi....pi.....
Pensei que fosse o meu fim naquele momento. Nunca tinha sentido um medo assim. Sem companhia conhecida ali dentro senti saudades daqueles abraços apertados dos que amamos para me sentir segura. Imaginei logo que aquele som só poderia ser de uma qualquer bomba que transportariam com eles... O meu lado lúcido fez-me pensar: porque é que alguém iria fazer um ataque terrorista tão longe da capital de um país num autocarro cheio de velhotes? A minha cabeça contrapôs logo que eles só querem ganhar o céu e as suas virgens...porque não causar o caos num túnel com 1500m?
A verdade é que nada se passou. Ouvi aquele pi...pi...pi durante o resto da viagem e não faço ideia do que se trata. Depois de me sentir segura considerei-me racista por ter julgado aqueles homens pelo tom de pele e o turbante na cabeça...fui vítima de uma enorme lavagem ao cérebro mas acho que não fui a única.
5 comentários:
Se é para entrar em teorias da conspiração, e como bem disseste, os mártires islâmicos são conhecidos por rebentarem-se com vista a atingir o céu onde estão 70 virgens.
De quem é a culpa no meio de tudo senão das 70 virgens que motivam um homem a por termo à sua vida.
É lógico que a culpa é da mulher, primeiro um gajo que se mata para ter 70 virgens no céu e ainda acha que dá conta do recado é porque não anda a trincar carninha cá na terra, logo podemos supôr que a mulher islâmica é um bocado frígida o que motiva a excitação de imaginar 70 virgens no colo e facturar um bocado ao ponto de se quererem matar.
Pah seja como for a culpa vai dar sempre às mulheres. Vejam os filmes, morre sempre um gajo por causa de uma mulher. Até o macaco do King Kong morre por causa de uma mulher. Num filme de hooligans, um hooligan morre por causa de uma mulher. E aposto que se fosses americana, ias no autocarro ouvias o apito a pensar que era uma bomba, apontavas logo para os gajos e eles eram abatidos...por causa de quem?
De uma mulher é óbvio.
:DD O que eu me estou a rir com o teu comntário! Posso só fazer uma correcção? A culpa não é de qualquer mulher...a culpa é das virgens, de quem as proporciona lá em cima e de quem não as deixa trincar cá em baixo!
Pronto agora a culpa é dos proxenetas... que levam virgens lá para cima...pois rebenta qualquer coisa e a culpa é do proxeneta, seja como for só existem proxenetas por culpa das mulheres, sejam virgens ou não... e queres tu dizer que as virgens não são mulheres?
Depende da virgem...a teoria da virgem é pior que a teoria da conspiração e dava pano para mangas...mas isso fica para quando eu voltar do hospital =P ***
A seguinte questão perturba-me: quem é o facínora que não deixa trincar virgens? E porque o faz?
Então como é que as pobres mulheres dessa mole cultural são, de algum modo, acarinhadas pela muçulmana verga? É o próprio Alá que lhes "tira o selo" para depois as deixar à mercê de marsápio monhé adornado de turbante? Ou será que a conhecida peregrinação a Meca (que TODOS fazem uma vez na vida, pelo menos) tem, afinal, um intuito de iniciação sexual para este povo? Imagine-se o gaiato Yussuf a fazer a viagem com os pais e com a prima Zahara, mal sabendo que havia de voltar com um sabor acre nos lábios e sentindo-se responsável pelo regresso a pé da pobre rapariguita? Convenhamos, seria desconfortável à cachopa sentar-se em cima de um camelo logo depois do rito, não acham?
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