quinta-feira, 7 de setembro de 2006

O custo da leitura II

Para ser completamente imparcial tenho a dizer que a culpa também não é só dos editores e dos livreiros. Em Portugal continua a comprar-se, pelo menos, uma revista do coração por dia. Até se lê alguma coisa! Mas com o dinheiro gasto em todas essas revistas num mês já dava para comprar um livro chamado light, ou, em bom português, literatura de cordel e que pode ensinar bem mais do que esssas revistas, nem que seja a arte de bem escrever na nossa língua!

9 comentários:

JP disse...

Não é literatura per se, mas há uns dias fiz um achado: um livro de 270 páginas, em formato "grande" e com centenas de ilustrações e fotos com a história da D.C. Comics (editores, entre outros, das BDs Superman e Batman). Uma pérola para quem aprecie banda desenhada, edição inglesa (Londres, 2005). O preço, na FNAC, rondaria os 50€, mas encontrei este exemplar que comprei, por mero acaso, a 10€, com a capa dobrada e meia desfeita. Sabem quando as capas duras começam a fragmentar-se em várias folhas mais finas? Exacto. Trouxe-o comigo. Forrei-o com papel transparente, com cuidado. E assim, restaurada, esta minha relíquia ganha lugar de destaque entre tantos outros livros.

Há muito por dizer sobre o preço dos livros, eu por mim aproveito ao máximo as Feiras do Livro e os descontos que tenho como portador do cartão Leitor Bertrand. E lá vai dando para matar o vício...

Anónimo disse...

Deixa-me adivinhar...a parte III do Custo da leitura vai ser os preços exorbitantes dos livros em Direito. Qualquer m**** do Menezes Cordeiro custa para cima de 45€...e é literatura de jeito? Claro que não! Metade do livro podia ir para o lixo que não se perdia nada (só as pobres das árvores que coitadinhas não tiveram melhor destino que ter escrito nelas uma introdução histórica ou uma nota comparativa do ordenamento jurídico do Katmandu...)... Enfim...

Unknown disse...

O acrtão de leitor Bertrand tem algum tipo de custo? E qual o desconto? Eu não tenho muito jeito para encontrar assim essas maravilhas mas já comprei um livro com duas obras do Luis Sepúlveda por apenas 20 escudos! Tive sorte!
Quanto à parte III não estava pensada mas essa tua ideia não é nada mal lembrada! E está agora para começara a doer outra vez!

Anónimo disse...

http://www.leitorbertrand.pt/vantagens.aspx

;) ***

Pedro disse...

Livros de bolso, não são menos que os outros livros, são mais baratos e práticos, e se as editoras se preocupassem mais em vender a obra e não a capa em cromado muito mais gente lia.
Um livrinho de bolso com os contos de Oscar Wilde, um livrinho de bolso com Mdme Bouvary de Flaubert, um livrinho com o Jogador do Dostoievsky, um livro com os contos do Antero de Quental que fosse prático... A literatura muitas vezes assusta o pobre povo não pelo analfabetismo ou boçalidade, apenas pelo seu aspecto, livros grandes fartos em folhas com capa grossa com traços de ouro, e o pobre povo olha e desanima, é muito caro e não tenho tempo para o ler, antes leio uma revista que distrai e passo o tempo.
Lancem as revistas colecções de livros de bolso, venha a planeta agostini lançar livros de bolso com música ambiente se for preciso.
Ler não é obrigação nem necessidade, não é um gosto que se adquire ou que se tem desde o início, pouco importa tudo isso, ler é natural e humano, simples e agradável.

Unknown disse...

Que texto tão apaixonado! Por acaso tenho uma edição da Visão da Madame Bovary e ainda não o li porque tem umas letras muito pequenas...acho que os livros de bolso têm esse pequeno (literalmente pequeno) defeito!

Anónimo disse...

As edições de bolso da europa-américa são intragáveis. Mas as da D. Quixote até se lêem bem.
Concordo contigo Pedro, desde que o livro seja bom não interessa o tamanho (mais uma vez não é o tamanho que conta, mas sim o que se faz com ele =P) ***

Pedro disse...

Que boquinha final foi essa? =p

Anónimo disse...

Boquinha?? Que queres dizer com isso?? =/ ***